quarta-feira, 13 de maio de 2009

Coração bobo
(Alceu Valença)

Meu coração tá batendo
Como quem diz não tem jeito
Zabumba, bumba esquisito
Batendo dentro do peito
Teu coração tá batendo
Como quem diz não tem jeito
O coração dos aflitos
Batendo dentro do peito
Coração bobo, coração bola
Coração balão, coração São João
A gente se ilude dizendo
Já não há mais coração

Temos sempre um coração bobo

O sentimento chamado amor, esse mesmo, que faz as mulheres se arrumarem mais do que o normal, os homens ficarem mais calmos, que faz as pessoas rirem sozinhas, e transforma o mundo dos amantes em pura cor e alegria... Esse sentimento que quase todos os seres humanos já puderam experimentar.

De repente, alguma coisa errada acontece. Era tudo tão perfeito, como pode acabar assim? Lágrimas são derramadas. Pedidos de volta. Loucuras para chamar a atenção. Promessas e mais promessas para provar que é melhor não acabar.

Mas ai descobrimos que não há mais solução, os sentimentos não eram recíprocos. Gostava mais e não via, se entregava mais e não percebia. E ai vem uma série de questões que não tem respostas: Como pude ser tão ingênuo? Se tivesse percebido antes teria feito algo pra mudar? Devia ter agido diferente. Sei que sou capaz de ser diferente, de mudar... Tarde demais.

Vem a depressão, mais choradeira, nada está bom, a vida é uma droga, está tudo errado. E ai, cometemos o maior dos enganos, juramos a nós mesmos que nunca mais cometeremos o mesmo erro. Que o coração está calejado e nunca mais iremos amar novamente.

Passa o tempo, vivemos mais um pouco e percebemos que somos donos de um coração bobo. Que se ilude, mas se recupera e fica pronto pra outra.

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